Nas últimas semanas, o Jornal Spasso Cidades noticiou uma série de problemas que vêm acarretando uma crise na educação de Sumaré. Desde ônibus escolares superlotados, problemas na manutenção e limpeza dos prédios até o recolhimento dos Chromebooks usados por professores e coordenadores para acessarem o Diário Digital nas salas de aula, divulgado na última edição.
Desta vez, o problema é no Diário Digital. Como já noticiado anteriormente, o sistema foi implementado pela prefeitura para trazer para o meio digital os antigos diários escolares feitos a papel e caneta.
Apesar dos professores terem se adaptado ao novo método, o contrato com a empresa que fornecia o programa foi rompido. Após o final do contrato a prefeitura não o renovou e sequer chamou uma nova licitação para a contratação de uma outra empresa.
Sem fornecer uma alternativa para os professores, a prefeitura deixou com que usassem o programa mesmo sem cobertura contratual. Isso significa que a qualquer momento o sistema poderia sair do ar, prejudicando alunos e professores, mas a administração pareceu não se preocupar com isso.
Na falta de uma solução, profissionais da educação usaram ao longo deste ano, o programa indicado pela prefeitura, a maioria sem conhecimento do vencimento do contrato. Tudo parecia estar bem desde a ultima semana, até que coincidentemente o sistema está fora do ar.
A prefeitura não se pronunciou sobre o acontecimento, e sem instruções adequadas e sem anúncio prévio da Secretaria de Educação, professores, coordenadores e diretores estão sem saber o que fazer.
Até o momento não se sabe dizer se o programa voltará ao ar novamente. Também não se tem ideia de se as informações armazenadas no sistema estarão disponíveis ou se foram perdidas já que não havia contrato em vigência que garantisse a integridade de tais dados.
Caso o sistema não volte, a prefeitura precisa apresentar uma solução urgente. Se os dados foram de fato perdidos, alunos perderão todas as suas notas, conceitos, presença e informações do ano de 2023, sendo gravemente prejudicados e colocando seus futuros em risco. Caso a empresa devolva os dados indevidamente armazenados para a prefeitura, como eles serão entregues aos professores e coordenadores? Esta pergunta permanece sem resposta.
Enquanto a prefeitura fica calada diante do caos absoluto que se instaura na educação de Sumaré, professores e alunos ficam aflitos com o descaso e a incerteza sobre o futuro.