quinta-feira, 12 dezembro, 2024
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Número de comissionados da gestão Luiz Dalben cresce enquanto concursados diminuem

O número de funcionários comissionados da Prefeitura Municipal de Sumaré cresceu durante o governo de Luiz Dalben. Enquanto os indicados pelo prefeito aumentam, o número de funcionários públicos devidamente concursados diminuiu.

Para administrar uma cidade, é necessária muita mão de obra especializada. Enquanto a maioria dos trabalhadores são funcionários concursados, outros, entretanto, são comissionados. Mas qual é a real diferença?

Para contratar um funcionário público, é necessário que a prefeitura abra um edital de concurso e o candidato preste as devidas provas e apresente a qualificação necessária para ser selecionado. Já os comissionados são nomeados diretamente pelo prefeito e não passam por nenhuma outra seleção senão a do mandatário.

Em julho de 2016, último ano do mandato de Cristina Carrara, o número de comissionados era de 259. Isso representou uma queda de cerca de 44% em relação ao seu antecessor, Antônio Bacchim, que no mesmo período em 2012 empregava 467 comissionados.

Ao final de seu primeiro mandato, Luiz Dalben empregava um total de 404 comissionados em julho de 2020. Já em julho deste ano, o número de comissionados chegava a 510 contratados. Para efeito de comparação, comparando os últimos anos de mandato, Dalben emprega 96% mais comissionados do que Cristina Carrara, quase dobrando o número de funcionários indicados diretamente por Luiz.

Na contramão do crescimento dos comissionados, o número de servidores públicos concursados diminuiu. Enquanto no último ano de Cristina 4.092 funcionários públicos trabalhavam para a prefeitura, em julho deste ano o número caiu para 3.606, uma queda de mais de 11%.

A polêmica que envolve o assunto é que, enquanto o funcionário público precisa passar por rigoroso concurso que avalia suas habilidades e capacidades de forma pragmática, o comissionado não está sujeito ao mesmo crivo, ficando a critério da administração quem e por que contratar.

Muitas vezes as nomeações de comissionados não levam em conta os critérios técnicos e servem de moeda de troca para favores políticos. Como a administração não pode comprovar se uma indicação foi estritamente técnica e não política devido ao fato de que não há um processo seletivo claro e transparente para comissionados, cabe à lisura e método do concurso público trazer a devida transparência necessária para a credibilidade do serviço público.

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