Com a aproximação das eleições, muitos pré candidatos estão fazendo sua
promessas
Antes de fechar as portas definitivamente, o Hospital Conceição Imaculada, em Sumaré, foi o palco central de uma série de escândalos que marcaram a cidade. Cercado de problemas administrativos, dificuldades financeiras e caos no atendimento, o hospital também foi alvo de uma investigação e teve até prisão de envolvidos.
A investigação apontou a formação de uma quadrilha dentro do hospital que, entre os anos de 1995 e 1997, havia desviado mais de R$ 1 milhão, estimando-se que o prejuízo aos cofres públicos, na época, poderia ter chegado a R$ 30 milhões, montante que, corrigido para os valores atuais, seria superior a R$ 250 milhões, de acordo com o IGP-M (FGV).
O desvio de dinheiro do hospital era feito por meio de compras, segundo denúncia do Ministério Público. Em 1997, o caso também foi investigado por uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) na Câmara de Sumaré.
Após o esquema de corrupção abalar as estruturas do hospital, ele chegou a sofrer uma intervenção estadual, teve suas portas fechadas e reabriu novamente, apenas para fechar as portas definitivamente anos mais tarde.
Com a falta de um hospital na cidade, a prefeitura tentou remediar a situação, construindo uma UPA no Macarenko. A construção foi entregue durante o governo do prefeito Antônio Bacchim.
Apesar de não ser o ideal, a UPA aliviou um pouco a situação do município. Contudo, durante o governo de Cristina Carrara e após a terceirização do atendimento, uma série de greves comprometeu o atendimento.
Em 2017, trabalhadores das unidades entraram em greve. A Pró-Saúde, empresa que administrava as unidades, atrasou o pagamento dos funcionários por meses. O motivo para tal atraso era a falta de pagamento do contrato por parte da prefeitura. A solução foi uma intervenção municipal, que falhou miseravelmente, e a greve não pôde ser evitada.
Após diversos problemas, os atendimentos foram normalizados nas unidades, mas Sumaré continua sofrendo com graves problemas no atendimento de saúde do município: falta de médicos, medicamentos, longas filas de espera e até mesmo casos de negligência.
O último caso envolvendo a saúde de Sumaré foi o reafirmamento de uma promessa de campanha rompida pelo atual prefeito, Luiz Dalben. Depois de se eleger com a promessa de construir um hospital municipal na cidade, Luiz anunciou que seria impossível construir a unidade no município e afirmou não haver verba para manter um hospital. Com a aproximação das eleições e seu tio sendo pré-candidato, Luiz voltou atrás e afirmou que será construído um hospital na cidade, se contradizendo mais uma vez.
Pouco tempo após o anúncio de mais uma promessa envolvendo a construção do hospital, o então Secretário de Saúde, Rafael Virginelli, deixou o cargo sem dar mais explicações e chegou até mesmo a sair da cidade.