Foi num sítio na zona rural de Sumaré que o cineasta Wendell Stein gravou a obra de sua autoria e direção ‘Danda, o Capa Preta: Lobato’.
“Deu uma ventania inexplicável naquela noite, parecia que ia cair o mundo. Nesse mesmo dia, eu vi um redemoinho. É como se o próprio Saci não nos deixasse filmar. Mas incorporamos isso na filmagem, inclusive no áudio, e deu um clima bacana. Acho que toda vez que mexemos com o folclore, o sobrenatural, tem alguma coisa no ar”, afirma o diretor.
Nascido em Campinas e com extensa formação em Comunicação Social e Língua Portuguesa, é um dos artistas multiculturais com maior número de trabalhos na RMC (Região Metropolitana de Campinas), com produções nos campos do audiovisual, musical, literário e fotográfico.
Como jornalista foi um dos fundadores do antigo jornal A Voz de Sumaré nos anos 90. Em 1999 ganhou o prêmio Losso Neto de Jornalismo. No mesmo ano lançou o livro Marcas do Futuro e em 2002 a sua segunda obra debutou, Sangue da Noite e outras histórias. Além das obras de ficção, também produziu livros bibliográficos e jornalísticos como ‘Marcelo Pedroni’, de 2016 e Ulisses Pedroni – Uma vida preservando histórias’, de 2017. O livro ‘Anos sem Volta – Recordações dos Anos 80, figurou diversas vezes como como título digital mais vendido na Amazon no seguimento infanto-juvenil.
Acompanhando a sua carreira audiovisual estão o documentário ‘Vozes de Paulínia’ de 2024, sucesso entre a crítica e o aclamado ‘Danda, o Capa Preta: Lobato’, que teve excelente desempenho nos festivais do qual participou.
A obra gravada em Sumaré conta a história de Danda, o Capa Preta, uma figura que vaga pelo Brasil desfazendo mandingas e enfrentando assombrações. Ninguém sabe ao certo se ele é homem, bruxo ou entidade. Um dia ele percebe que o portal entre o mundo humano e dos seres folclóricos iria se fechar. Então ele vai ao encontro de Lobato com duas importantes missões: libertar um saci aprisionado e convencer o seu velho conhecido a usar o portal para voltar à sua
antiga casa antes que ele se feche definitivamente.
O filme foi produzido por Sergio Vasconcelos e viabilizado pela Lei Paulo Gustavo. A estreia nesse segundo semestre conta com exibições gratuitas por toda a cidade.