Nascida em Adamantina em 1973, Ana Cléia Menguetti constituiu a sua família em Sumaré e é mãe de cinco filhos. Começou sua vida profissional na cidade com um pequeno salão de beleza em sua garagem.
Com seus filhos ainda bebês, iniciou a faculdade de Artes, trabalhando de dia e estudando a noite enquanto cuidava de sua família. Com muito esforço se formou e passou a lecionar em escolas públicas e privadas.
Sempre dedicada à educação, se especializou em gestão estratégica de políticas públicas e hoje cursa Serviço Social.
Desde a sua chegada na cidade esteve sempre envolvida nas causas sociais e reivindicatórias. Foi Presidente da Associação de Moradores, participou de Conselhos Municipais e atuou como assessora parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. No poder executivo municipal, ocupou as Secretarias de Inclusão Social e de Cidadania.
Quais foram, na sua opinião, os feitos mais importantes que realizou para a cidade de Sumaré?
Uma das minhas maiores conquistas foi e continua sendo a luta pela participação das mulheres na política, garantindo que muitas delas tivessem uma voz ativa em associações de moradores, conselhos municipais e de direitos.
Como Secretária de Inclusão Social e Cidadania, lideramos projetos de grande relevância para mulheres, pessoas com deficiência, moradores em situação de rua, crianças e adolescentes. A gestão do Bom Prato, incluindo sua unidade móvel, foi uma vitória na luta contra a fome em nosso município. Modernizamos o Cadastro Único, criando uma sede climatizada e informatizada, além de uma unidade móvel que facilitou o acesso da população aos serviços.
Também, dentro das secretárias, idealizamos programas de Qualificação Profissional para adolescentes e adultos, como o Inclusão Produtiva e o Abrindo Portas, que abriram novas oportunidades para muitos. Na prevenção do uso de álcool e drogas entre crianças e adolescentes, o programa Geração Futuro foi um marco importante. Cada uma dessas iniciativas foi um passo para uma Sumaré mais justa e inclusiva.
Na sua opinião, quais são os maiores desafios a serem superados por Sumaré nos próximos 4 anos?
O maior desafio que temos pela frente é superar a estrutura precária em alguns setores que temos hoje para cuidar do nosso povo. Estamos ouvindo a população e as maiores queixas estão na área da saúde. Nossa prioridade será a construção de um hospital municipal, uma medida a longo prazo, mas já estamos buscando soluções imediatas para zerar as filas de exames e
pequenas cirurgias, além de equipar, estruturar e modernizar os equipamentos de saúde existentes.
Precisamos, também, estruturar a segurança alimentar no município para erradicar a fome em Sumaré. Investir em políticas públicas que atendam as demandas hoje, apresentadas, na primeira infância, de pessoas com deficiência e suas famílias, e no apoio às mulheres e aos idosos. Além disso, temos que enfrentar o alto índice de emprego informal. Vamos trabalhar duro para qualificar
a mão de obra local e diminuir a taxa informal. Só com a carteira assinada garantiremos os direitos do nosso povo.
Como Sumaré pode se tornar uma referência na região e surgir como uma liderança regional?
Sumaré está estrategicamente localizada e temos um enorme potencial a ser explorado. Acredito que, com investimentos e subsídios certos, podemos transformar nossa cidade em uma referência regional. Vamos trabalhar para que Sumaré seja reconhecida pelo cuidado com a população, pela qualidade de vida e pela justiça social. Essas serão nossas grandes diferenciais e farão com que nossa cidade se destaque na região.