Com o advento da internet e das redes sociais, se comunicar ficou cada vez mais fácil e o acesso às notícias não depende apenas de jornais impressos e televisionados e podem ser feitas de maneira instantânea até mesmo de aparelhos celulares. Toda essa conveniência também trouxe um novo risco: as Fake News.
Em tradução direta ‘Fake News’ significa ‘notícia falsa’, ou seja, é uma desinformação formada através de uma mentira com o intuito de enganar o leitor, fazendo-o acreditar em uma falsa afirmação como se fosse verdade.
O meio mais comum de distribuir essas notícias são por redes sociais, como o Facebook, Instagram e especialmente o WhatsApp. Elas geralmente consistem de textos curtos e montagens de imagens e vídeos, de teor sensacionalista, sem apresentar nenhuma fonte confiável.
Dado ao seu caráter ilegítimo, as Fake News geralmente são produzidas por portais desconhecidos da internet, raramente sendo vinculadas à veículos de comunicação estabelecidos. O motivo para tal é que jornais registrados respondem legalmente quando veiculam notícias falsas e as Fake News geralmente passam por uma cadeia de portais falsos e perfis fakes para dificultar o rastreamento de sua origem, colocando a responsabilidade de suas informações nas mãos de leitores que, inocentemente, compartilham inverdades como se fossem afirmações legítimas.
Para se proteger das Fake News é importante que o leitor tenha discernimento. Desconfie de notícias sensacionalistas de sites desconhecidos. Montagem de imagens com frases chocantes, bem como vídeos com narrações assombrosas e que não citam fontes confiáveis para as afirmações.
Além do discernimento, existem outras ferramentas para proteger o eleitor das mentiras nessas eleições. “O Tribunal Superior Eleitoral já disponibiliza aos cidadãos o Sistema de Alerta de Desinformação Eleitoral. O próprio portal do TSE contém a ferramenta para consulta do cidadão. Essa ferramenta tem o objetivo de fornecer elementos ao eleitor para o enfrentamento à desinformação durante o período eleitoral”, comenta o advogado Nelson Adriano de Freitas,
sócio do Lemos Advocacia Para Negócios e especialista em Direito Civil.
“O Tribunal Superior Eleitoral tem tomado medidas para dar efetividade ao combate às Fake News e assegurar o debate público, sem a disseminação massiva de narrativas falsas ou descontextualizadas, em detrimento da liberdade de escolha e do direito fundamental do eleitor de ter acesso a informações adequadas”, afirma Nelson. “Uma importante iniciativa do Tribunal Superior Eleitoral neste sentido é o Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (CIEDDE). O Centro tem como objetivo a atuação coordenada da Justiça Eleitoral junto aos Poderes, órgãos da República e instituições, na promoção da educação em cidadania, dos valores democráticos e dos direitos digitais”, finaliza.
Está com dúvida? Consulte abaixo os sites que podem verificar as informações que recebe, para saber se são verdadeiras ou apenas Fake News.
www.justicaeleitoral.jus.br/fato-ou-boato/#
www.gov.br/secom/pt-br/fatos/brasil-contra-fake