O Governo Federal propôs a criação da Universidade Federal Indígena (Unind), a nova instituição de ensino superior voltada aos saberes dos povos originários; o projeto foi encaminhado ao Congresso e prevê início das atividades em 2027, em Brasília.
A Unind pretende integrar ensino, pesquisa e extensão em um ambiente intercultural, promovendo diálogo entre o conhecimento científico contemporâneo e as práticas, filosofias, ecologias e línguas indígenas.
O Ministério da Educação (MEC) e o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) afirmam que a universidade não será restrita ao público indígena, visando formar profissionais para áreas como meio ambiente, saúde, direito, políticas públicas e tecnologias sustentáveis.
A concepção da proposta envolveu um processo de escuta nacional em 2024, com a participação de mais de 3,2 mil pessoas em debates e seminários. A instituição deverá priorizar autonomia administrativa indígena, moradia estudantil, laboratórios e a criação de um Instituto Intercultural Indígena.
Oferta acadêmica
Os cursos de graduação e pós-graduação previstos incluem áreas voltadas à gestão territorial, sustentabilidade e preservação das línguas e saberes indígenas. Entre as formações previstas estão:
- Gestão Ambiental e Territorial
- Gestão de Políticas Públicas
- Sustentabilidade Socioambiental
- Promoção de Línguas Indígenas
- Saúde, direito, agroecologia, engenharias e formação de professores
A expectativa do governo é atender cerca de 28 mil pessoas em quatro anos, em um modelo articulado em rede com outras universidades federais.
“A Unind se estabelece como política pública de longo prazo, pensada para oferecer formação qualificada, promover inclusão, estimular inovação e fortalecer áreas estratégicas do desenvolvimento nacional.”
A iniciativa também visa ampliar o acesso de estudantes indígenas ao ensino superior e gerar reflexos econômicos, sociais e tecnológicos para setores como gestão ambiental, agronegócio, ciência e formulação de políticas públicas.
Fonte: Da redação




