O médico Dr. Adriano Faustino alertou que a esteatose hepática — conhecida como “gordura no fígado” — afeta até 30% dos brasileiros e costuma passar despercebida, representando um risco crescente de evolução para doenças hepáticas graves em pacientes de diferentes regiões do país.
O que é e quais são os riscos
A esteatose hepática é o acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado, que em muitos casos não provoca sintomas nas fases iniciais. Estima-se que cerca de 1 em cada 3 adultos apresente algum grau da condição, o que explica a elevada subnotificação. Estudos clínicos associam formas avançadas da doença a maior incidência de câncer de fígado e a riscos sistêmicos como diabetes tipo 2, infarto e acidente vascular cerebral.
Causas e fatores associados
Pesquisadores apontam que o avanço da esteatose está fortemente ligado ao estilo de vida moderno, com consumo excessivo de carboidratos refinados, sedentarismo, privação de sono, estresse e ingestão de álcool. Revisões publicadas em periódicos como Hepatology e no New England Journal of Medicine registraram aumento global da doença nas últimas décadas. Esses fatores interagem com predisposições metabólicas, elevando o risco de progressão para formas inflamatórias e de fibrose.
Estágios e dados sobre a progressão
O curso típico da doença segue uma sequência que vai do acúmulo inicial de gordura até lesões estruturais mais graves:
- Prevalência: estimativas apontam que cerca de 1 em cada 3 adultos já apresenta algum grau de esteatose.
- Progressão típica: esteatose simples → esteato-hepatite (NASH, inflamação e dano celular) → fibrose (cicatrização) → cirrose (perda de função hepática) → hepatocarcinoma (câncer de fígado).
- Riscos sistêmicos: pacientes com gordura no fígado têm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2, infarto e acidente vascular cerebral, conforme estudos publicados em Diabetes Care.
Prevenção e tratamento
Especialistas ressaltam que, na maioria dos casos, o quadro é prevenível e tratável por meio de mudanças no estilo de vida. Adotar uma alimentação anti-inflamatória, aumentar a atividade física, melhorar a qualidade do sono e aplicar estratégias de modulação metabólica podem reduzir a gordura hepática e, em vários casos, reverter lesões iniciais. Para casos avançados, acompanhamento clínico e intervenções específicas são necessários.
A gordura no fígado se tornou o novo ‘diabetes silencioso’ do mundo moderno. Ela avança sem dor, sem sintomas e, quando o diagnóstico chega, muitos pacientes já estão no caminho da cirrose.
Como buscar orientação
- Site: www.institutofaustino.com.br
- Instagram: @dr.adrianofaustino | @institutofaustino
Fonte: M PRESS Produções Artísticas




