Prefeituras de diversos municípios passaram a restringir a emissão de atestados médicos nas unidades de saúde, limitando o documento a casos que realmente justifiquem afastamento — como internações ou diagnósticos clínicos comprovados — com o objetivo de conter o uso indevido do sistema público e seus impactos sobre a saúde pública, as relações de trabalho e a produtividade empresarial. Em um exemplo citado no material, em Curitiba, entre janeiro e setembro foram emitidos 45 mil atestados aos domingos e 114 mil às segundas-feiras, um salto de 55%.
O release que motivou a mudança qualifica o fenômeno como a chamada “indústria do atestado”, apontando que a prática atravessa tanto a gestão da saúde pública quanto o ambiente de trabalho. Segundo o documento, o uso indevido tem efeitos diretos e indiretos sobre os serviços e a economia local.
Para o advogado Dr. Alan Carlos Ordakovski, especialista em Direito do Trabalho e assessor de grandes empresas, sócio fundador do escritório Ordakovski & Tavares Júnior Advogados (OTJ), a situação revela um desequilíbrio cultural. Ele alerta que a gestão pública precisa agir com responsabilidade sem penalizar quem realmente necessita de atendimento.
É como se a doença tivesse dia marcado para aparecer.
Impactos apontados
O documento lista prejuízos variados: perdas de produtividade, aumento de custos trabalhistas, sobrecarga de equipes e desorganização das rotinas de trabalho. Também há relato de impacto no clima organizacional e de erosão da confiança entre líderes e colaboradores.
O material destaca, ainda, a contribuição de parte do corpo médico, que por conveniência social ou empatia mal direcionada pode facilitar a perpetuação do problema.
O papel da telemedicina
A popularização da telemedicina entrou na discussão como um fator ambíguo. Embora amplie o acesso aos serviços de saúde, em alguns casos tem facilitado a obtenção de atestados sem exame físico, o que, segundo o release, indica necessidade de controles e critérios rigorosos para seu uso.
Como as empresas podem agir
O material recomenda que as empresas adotem postura ativa no enfrentamento do absenteísmo abusivo por meio de medidas técnicas e administrativas.
- Políticas claras de afastamento com critérios objetivos e revisão de atestados reincidentes;
- Auditorias médicas e parcerias ocupacionais para validação técnica;
- Programas de bem‑estar e ergonomia para prevenção de adoecimentos;
- Análise de dados e indicadores de RH para identificar padrões de abuso;
- Capacitação de lideranças para tratar o tema com empatia, sem permissividade.
A mudança adotada por cidades como Curitiba é apresentada no material como um passo simbólico para reacender o debate sobre corresponsabilidade entre poder público, médicos, empresas e trabalhadores, com foco em compromisso, ética e responsabilidade coletiva.
Serviço
- Contato: Ordakovski & Tavares Júnior Advogados Associados (OTJ)
- Especialista: Dr. Alan Carlos Ordakovski — Advogado especialista em Direito do Trabalho e Gestão de Contencioso Empresarial
Fonte: Toda Comunicação




