Na era digital, as redes sociais se tornaram uma parte fundamental da vida
cotidiana. Plataformas como Instagram, Facebook, TikTok e Twitter permitem
que indivíduos compartilhem momentos, pensamentos e conquistas em tempo
real. No entanto, essa interconectividade tem um lado sombrio: o impacto
significativo na autoestima das pessoas, especialmente dos jovens.
A Busca pela Perfeição
As redes sociais frequentemente apresentam versões editadas e idealizadas da
vida das pessoas. Fotos cuidadosamente filtradas, momentos de felicidade
exagerada e conquistas profissionais ostentadas criam uma ilusão de perfeição.
Para muitos, especialmente os jovens, essa exposição constante a vidas
aparentemente impecáveis pode levar à comparação contínua. Sentimentos de
inadequação surgem quando se percebe que a própria vida não parece tão
“perfeita” quanto a dos outros.
A Influência dos Influenciadores
Os influenciadores digitais desempenham um papel central na era das redes
sociais. Com milhões de seguidores, eles definem tendências e estilos de vida
que são aspiracionais para muitos. No entanto, essa influência pode ser uma
faca de dois gumes. Enquanto alguns influenciadores promovem positividade e
autenticidade, muitos outros perpetuam padrões de beleza inatingíveis e estilos
de vida luxuosos, alimentando um ciclo de insatisfação e baixa autoestima entre
seus seguidores.
Filtros e Edição de Imagens
A proliferação de aplicativos de edição de imagem e filtros de beleza altera a
percepção do que é considerado “normal” ou “bonito”. Jovens, em particular, são
vulneráveis a essas influências, pois estão em um estágio de desenvolvimento
onde a autoimagem está em formação. A pressão para corresponder a esses
padrões irreais pode levar a problemas de saúde mental, como ansiedade,
depressão e transtornos alimentares.
Comparação Social e Ansiedade
A teoria da comparação social, proposta pelo psicólogo Leon Festinger, sugere
que as pessoas têm uma tendência natural a se comparar com os outros. Nas
redes sociais, essa comparação é amplificada, pois os usuários estão
constantemente expostos a versões idealizadas da vida alheia. Essa exposição
pode levar à ansiedade e ao sentimento de inadequação, afetando diretamente a
autoestima.
Medidas para Mitigar os Efeitos Negativos
Apesar dos desafios, existem maneiras de mitigar os efeitos negativos das redes
sociais na autoestima:
- Educação Digital: Ensinar os jovens sobre o funcionamento das redes
sociais e a realidade por trás das postagens editadas pode ajudar a
desenvolver uma visão crítica sobre o conteúdo consumido. - Limitação de Uso: Estabelecer limites de tempo para o uso das redes
sociais pode reduzir a exposição constante a conteúdos potencialmente
prejudiciais. - Promoção da Autenticidade: Encorajar a autenticidade e a valorização das
próprias qualidades e conquistas, em vez de buscar validação externa,
pode fortalecer a autoestima. - Apoio Psicológico: Disponibilizar recursos de apoio psicológico, como
terapia e aconselhamento, para aqueles que se sentem impactados
negativamente pelas redes sociais.
As redes sociais são uma ferramenta poderosa que transformou a maneira
como nos conectamos e compartilhamos nossas vidas. No entanto, é crucial
reconhecer e abordar os impactos negativos que elas podem ter na autoestima,
especialmente entre os jovens. Ao promover uma abordagem mais crítica e
consciente do uso dessas plataformas, podemos ajudar a construir uma sociedade mais saudável e equilibrada, onde a autoaceitação e a autenticidade sejam valorizadas acima das aparências superficiais.
Tamme Almeida
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