O modelo free flow, adotado pelo governo Tarcísio de Freitas para modernizar o sistema de pedágio em São Paulo, promete fluxo contínuo sem cabines — mas um vídeo viral e relatos de usuários mostram que a expansão também trouxe uma nova onda de golpes online que prejudicam motoristas.
Como funciona o free flow
O sistema opera sem cancelas: pórticos com sensores e câmeras registram a placa e identificam o veículo. A cobrança é feita posteriormente, por aplicativo, pelo site oficial da concessionária ou por sistemas integrados de pagamento.
Para o usuário, a vantagem é não precisar parar; na prática, porém, a ausência de cabines criou oportunidades para fraudes digitais ligadas à busca e ao pagamento das tarifas.
Golpes e riscos para motoristas
Páginas falsas que imitam sites oficiais aparecem entre os primeiros resultados de busca e prometem “pagamento rápido” ou “consulta de débitos”. Usuários que pagam nesses sites ficam sem registro do pagamento legítimo e expostos ao roubo de dados bancários.
Além da perda financeira, o problema gera obrigação de pagamento junto à concessionária: pela regra vigente, o motorista deve quitar a tarifa em até 15 dias corridos após a passagem pelo pórtico; se não o fizer, recebe multa gravíssima e continua obrigado a pagar o valor do pedágio.
Como pagar com segurança
Orientações práticas
- Use sempre o site ou aplicativo oficial da concessionária responsável pelo trecho.
- Verifique o endereço (URL) do site: prefira domínios oficiais, procure o cadeado de segurança no navegador e evite resultados patrocinados pouco conhecidos.
- Evite fornecer dados bancários em páginas que surgem em buscas sem histórico; prefira o aplicativo oficial ou canais de atendimento da concessionária.
- Guarde comprovantes de pagamento e consulte diretamente a concessionária em caso de dúvida ou cobrança indevida.
- Se houver indício de fraude, registre denúncia junto aos órgãos de defesa do consumidor e ao banco.
Transparência e educação do usuário
Enquanto o estado acelera a instalação de pórticos, a comunicação oficial sobre orientações ao usuário e alertas contra golpes não tem acompanhado o ritmo de expansão. Na prática, o motorista fica vulnerável entre a ameaça de multa e a possibilidade de cair num golpe digital.
Para reduzir o problema é necessário combinar fiscalização, campanhas de informação e mecanismos que facilitem o pagamento seguro, reduzindo a dependência de pesquisas por sites e fortalecendo canais oficiais de atendimento.
Fonte: Da redação




