sexta-feira, 21 novembro, 2025
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Nova Odessa: áudios e mensagens acusam interferência na Prefeitura

A Câmara Municipal de Nova Odessa recebeu uma denúncia protocolada pelo auditor Marcos César Seignemartin que reúne a transcrição de seis áudios e mensagens atribuídas ao chefe de Gabinete Renato Amorim da Silva, apontando cobranças de pagamentos, pedidos de favorecimento e interferência em contratos e liberações técnicas.

Renato Amorim da Silva, atual chefe de Gabinete da Prefeitura de Nova Odessa

Detalhes da denúncia

O documento é composto por gravações, notas fiscais, prints de tela e arquivos de áudio que, segundo o auditor, teriam sido encaminhados por Hamilton Lorençato em 11 de novembro. As gravações, com datas entre 2022 e 2024, mostram solicitações de prioridade a fornecedores, cobrança por quitações e menções a acordos financeiros envolvendo empresas prestadoras de serviço ao Executivo municipal.

Em um dos trechos, datado de 23 de junho de 2023, o material traz pedido “em off” do PIX da empresa Elo9 — contratada pela Prefeitura e que, segundo a peça, recebeu quase R$ 14 milhões do Executivo apenas em 2023 — fato que motivou questionamentos sobre a necessidade e a divulgação interna do pedido.

Exemplos e evidências

Há registros variados descritos nas transcrições e anexos. Em um áudio de dezembro de 2022, antes do denunciado ocupar cargo na administração, aparece menção à liberação de diretrizes da Coden para um empreendimento imobiliário, apontada pelo denunciante como indício de favorecimento.

O material também registra cobranças dirigidas ao secretário de Finanças para pagamentos fora da ordem cronológica, envio direto de notas fiscais para priorização e pressão por quitações urgentes a fornecedores de áreas como laboratório e serviços a professores, além de evidências de proximidade entre o chefe de Gabinete e prestadores de serviço.

“…em off, o PIX da empresa Elo9…”

Denúncia do auditor Marcos César Seignemartin

Acusações e consequências

Com base nos áudios e demais anexos, o auditor sustenta que o chefe de Gabinete pode ter incorrido em possíveis crimes de improbidade administrativa, concussão, corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de autoridade e quebra de decoro, além de violação dos princípios constitucionais da legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência.

O autor da denúncia solicita que a Câmara instaure investigação completa sobre os fatos, apure responsabilidades políticas e encaminhe o material ao Ministério Público para adoção das medidas cabíveis nas esferas civil, administrativa e penal.

Próximos passos

A peça aguarda os trâmites internos da Casa, que deve decidir entre instaurar uma comissão parlamentar de investigação ou remeter o conteúdo diretamente aos órgãos de fiscalização externa. Os áudios e documentos descritos pelo auditor levantam questionamentos sobre o funcionamento interno da administração municipal e reforçam, segundo o próprio conteúdo do processo, a necessidade de transparência na gestão de contratos e pagamentos.

Fonte: Da redação

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