A psoríase é uma doença dermatológica crônica e autoimune, não contagiosa, que provoca descamação e manchas claras ou rosadas na pele. Embora não tenha cura, existem tratamentos capazes de controlar os sintomas e reduzir o impacto na qualidade de vida.
O que é
A condição caracteriza‑se pelo surgimento de placas avermelhadas com descamação esbranquiçada e pode gerar estigmas por engano sobre contágio, o que não se aplica ao quadro. Destina‑se a pessoas com psoríase, seus familiares e profissionais de saúde interessados em diagnóstico e manejo.
Causas
Vários fatores estão associados ao aparecimento da doença, frequentemente em combinação. Entre os mais comuns estão estresse e problemas psicológicos, clima frio, histórico familiar, obesidade e infecções intensas.
- Uso de determinados medicamentos — por exemplo, antimaláricos, alguns antihipertensivos e lítio;
- Eventos infecciosos agudos, que podem desencadear respostas inflamatórias;
- Predisposição genética e fatores ambientais que interagem entre si.
Sintomas
A psoríase pode surgir em qualquer idade, sexo ou etnia, com sinais que variam em intensidade. Os sintomas mais frequentes incluem:
- Manchas vermelhas ressecadas com descamação esbranquiçada;
- Prurido, sensação de queimação e dor nas áreas afetadas;
- Ressecamento que pode levar a sangramento e hiperpigmentação residual;
- Afinamento, espessamento ou alteração da cor das unhas;
- Descamação no couro cabeludo e, em alguns casos, dores articulares.
Classificação
A classificação considera o tipo de lesão e a localização no corpo, com formas distintas que demandam abordagens específicas. Entre as variantes estão:
- Ungueal — acomete unhas das mãos e dos pés;
- Gutata — costuma surgir após infecções bacterianas, em tronco, braços, pernas e couro cabeludo;
- Invertida — aparece em regiões úmidas como axilas, virilha e região submamária;
- Pustulosa — caracteriza‑se por lesões com pus;
- Couro cabeludo — quando a região capilar é a principal afetada;
- Artropática — acompanha dores nas articulações;
- Eritrodérmica — lesiona grande parte do corpo, costuma vir com febre e calafrios e é a forma mais rara;
- Vulgar — a forma mais comum, com manchas geradas pela descamação.
Tratamento e manejo
Segundo o Ministério da Saúde, 80% dos casos são leves ou moderados e o diagnóstico deve ser feito por dermatologista; exames de sangue não detectam a doença e a confirmação pode ocorrer por biópsia. As opções terapêuticas variam conforme a gravidade e o local das lesões.
- Tratamentos tópicos (cremes e pomadas) — indicados para casos leves;
- Terapias sistêmicas por comprimidos ou injeções — para formas moderadas a graves;
- Terapias biológicas — injeções direcionadas para casos graves e selecionados;
- Fototerapia — sessões controladas de luz ultravioleta, com orientação profissional (diferente de câmaras de bronzeamento artificial).
Hábitos saudáveis e acompanhamento psicológico podem amenizar desencadeantes como o estresse e melhorar o enfrentamento da condição. O tratamento é individualizado; quanto mais cedo iniciado, menor tende a ser a gravidade e a extensão das lesões.
Resumo
A psoríase exige diagnóstico especializado e terapias adaptadas a cada paciente, combinando cuidados dermatológicos e, quando necessário, apoio psicológico para reduzir sintomas e impactos na vida diária. Com acompanhamento adequado é possível conviver com a doença e melhorar a qualidade de vida.




