sábado, 18 outubro, 2025
Formatar Data em JavaScript

Sumaré: centros comerciais agonizam enquanto consumo migra ao digital

A revolução digital transformou o comércio e deixou marcas visíveis no Centro de Sumaré: lojas fechadas, imóveis abandonados e vitrines empoeiradas. Levantamentos apontam cerca de 100 imóveis comerciais vazios na região central; em Americana o número chega a 140 imóveis.

Causas da transformação

O crescimento das compras on-line deslocou parte significativa do fluxo que antes circulava pelos corredores comerciais. Preços competitivos, grande variedade e a comodidade de comprar sem sair de casa tornaram-se fatores decisivos na escolha do consumidor.

Ao mesmo tempo, questões de infraestrutura urbana — calçadas em más condições, poucas vagas de estacionamento e a sensação de insegurança — ampliam a vantagem do comércio digital sobre o varejo local.

Impacto no comércio local

O declínio dos centros tem efeitos econômicos e sociais: menos pessoas nas ruas reduzem vendas, fragilizam serviços e desestimulam novos investimentos. Muitos comerciantes relatam desânimo; poucos aceitaram falar abertamente sobre perspectivas.

A atuação fragmentada do setor dificulta ações coletivas e campanhas de estímulo ao consumo local, enquanto a associação local, a ACIAS, encontra obstáculos para apresentar um projeto concreto de reestruturação.

Os números mostram a dimensão do problema: cerca de 100 imóveis comerciais vazios no centro de Sumaré e 140 imóveis em Americana, sinais claros do esvaziamento dos espaços centrais.

Desafios e propostas

Reverter o quadro exige articulação entre poder público, comerciantes e entidades representativas. As ações precisam combinar melhorias físicas e iniciativas que tornem o centro um destino atrativo.

  • Investimento em infraestrutura: calçadas acessíveis, iluminação e espaços públicos revitalizados.
  • Segurança e mobilidade: transporte público eficiente e medidas que aumentem a sensação de segurança.
  • Atrações e eventos: feiras, shows e atividades culturais para reinserir o centro na rotina da população.
  • Campanhas coletivas: ações coordenadas para estimular o consumo local e fortalecer a identidade do comércio.

Caminhos para revitalizar

O comércio precisa se reinventar oferecendo experiências além do produto: conveniência, atendimento diferenciado e senso de pertencimento. Essa mudança demanda criatividade e colaboração entre os atores locais.

Sem intervenções estruturadas e políticas públicas integradas, as portas fechadas tendem a se multiplicar e os centros correm o risco de se tornarem memórias de um tempo em que as pessoas saíam às ruas para comprar.

Fonte: Da Redação

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhar Post

Popular

Descubra mais sobre Jornal Spasso Cidades

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading