A Creche Recanto Tia Cecília, no Jardim Manchester, em Sumaré, ficou sem água na última semana e orientou pais a manterem seus filhos em casa. A prefeitura confirmou que solucionou o problema com o envio de um caminhão-pipa, mas o episódio expõe a instabilidade no abastecimento na cidade.
A BRK Ambiental é a concessionária privada que assumiu a gestão da água e do esgoto após a extinção do antigo DAE, decisão tomada pela então prefeita Cristina Carrara. Desde a concessão, relatos de interrupções aumentaram e moradores passaram a enfrentar dias inteiros sem fornecimento, especialmente em bairros mais afastados.
Relatos de moradores indicam que a falta de água já se transformou em rotina em pontos mais distantes. Serviços públicos, como unidades de saúde e escolas, têm recorrido a caminhões-pipa para manter atendimento básico.
O prefeito Henrique do Paraíso tem pouca margem de ação imediata diante da concessão; à prefeitura resta cobrar providências da empresa e recorrer a medidas emergenciais quando necessário. A BRK alega fatores externos — chuvas fortes, falhas de energia ou aumento da turbidez do Rio Atibaia, de onde a água é captada — como causas das interrupções.
“A orientação para que pais mantivessem seus filhos em casa devido à falta de água na Creche Recanto Tia Cecília, no Jardim Manchester, na última semana, foi apenas mais um capítulo de um drama antigo e conhecido em Sumaré: a instabilidade no abastecimento.”
Ao entregar o DAE à iniciativa privada, a ex-prefeita Cristina Carrara defendia que a medida modernizaria o sistema; passados mais de dez anos, a cidade segue recorrendo a caminhões-pipa para suprir faltas no abastecimento.
Fonte: Da Redação
