Com o avanço da idade, muitos homens recorrem ao whey protein para tentar manter massa e vitalidade. Para o especialista George Mantese, o suplemento não é milagroso: só faz sentido quando integrado a treino de força e alimentação adequados.
Whey não é milagre
Homens experimentam perda gradual de massa muscular e força com o envelhecimento, o que motiva o uso de suplementos proteicos como o whey. O produto pode ser uma ferramenta válida, mas só dentro de um conjunto de medidas que inclui exercício e dieta estruturados, sobretudo para aqueles a partir dos 40 anos que buscam preservar funcionalidade.
Evidências e limites
Evidências científicas apontam benefícios modestos quando a proteína de alto valor biológico é combinada com treinamento. Uma meta-análise de 49 ensaios clínicos encontrou aumento de massa magra e força em adultos que treinavam regularmente.
Em idosos com sarcopenia, estudos relataram ganhos adicionais de massa muscular e força com whey associado ao exercício, embora o efeito seja pequeno. Revisões também destacam heterogeneidade nos resultados: em adultos inativos os efeitos foram inconsistentes, variando conforme a dieta basal e a intensidade do treino.
“Segundo estudos, melhores resultados acontecem quando a suplementação acompanha um treino estruturado. Em outras palavras: o whey só potencializa o estímulo que já existe.”
Dose e segurança
Mantese observa que a resposta proteica muda com a idade. Para jovens, 20 a 25 g de proteína por refeição parecem suficientes, mas depois dos 40 ocorre resistência anabólica e estudos sugerem doses maiores — entre 30 a 40 g de proteína de qualidade por refeição — para maximizar a síntese muscular.
Quanto à segurança, a suplementação é considerada segura em homens saudáveis, mas exige cautela em quem tem doenças renais ou hepáticas. A qualidade dos produtos no mercado varia, e já foram documentados casos em que o conteúdo não corresponde ao rótulo; por isso é fundamental buscar marcas certificadas e acompanhamento profissional.
Recomendações práticas
O especialista resume que o foco deve ser o estilo de vida ativo, com o whey atuando como reforço quando bem utilizado.
- Treino: treino de força regularmente — 3–4 vezes por semana.
- Quantidade: consumir 30 a 40 g de proteína de alta qualidade por refeição.
- Distribuição: distribuir a ingestão de proteína ao longo do dia.
- Monitoramento: controlar exames renais e hepáticos periodicamente.
- Procedência: preferir suplementos de procedência confiável e marcas certificadas.
Na avaliação do especialista, “o protagonista é o estilo de vida ativo. O whey é apenas um reforço”. Sozinho tem efeito limitado; combinado com treino e boa dieta, pode ajudar a preservar massa muscular, força e qualidade de vida.
