O prefeito Danilo Barros (PL), eleito sob a popularidade de Du Cazellato, tem adotado postura contraditória ao responsabilizar o antecessor em episódios negativos e omitir a origem de ações positivas, gerando inquietação em Paulínia.
Contradições na narrativa
O padrão observado é simples e repetido: críticas públicas quando convém, apagamento de méritos quando interessa. Essa alternância traduz uma estratégia comunicacional que mistura ataque e apropriação, dificultando a avaliação clara de méritos e responsabilidades pela população.
Casos recentes
Pressionado pelas críticas sobre os radares, Danilo atribuiu a responsabilidade ao antecessor, apontando que a instalação partiu da gestão anterior. Ainda que impopulares em alguns segmentos, esses equipamentos contribuem para a segurança no trânsito.
Nas comemorações pelas obras de habitação nos bairros São José, Bom Retiro e Represa, o prefeito omitiu a origem dos projetos, colocando-se como protagonista das entregas.
Reação e riscos políticos
A comparação em vídeo publicada pelo Instagram Paulínia em Foco provocou reações de apoiadores, eleitores e cidadãos que se sentiram confusos ou traídos diante da incoerência. Em uma cidade onde o eleitor tem memória afiada, usar o legado como trunfo em alguns momentos e como fardo em outros pode representar um risco político crescente.