No domingo (7), em Campinas, Edson Moura e sua ex-esposa Nani Camargo trocaram acusações na porta do 4º Distrito Policial. Moura registrou um boletim de ocorrência pedindo que ela fosse impedida de entrar no condomínio onde mora; Nani, em vídeo gravado por apoiadores, acusou o ex-prefeito de manter relacionamento com uma adolescente de 15 anos.
Moura, 74 anos, justificou o boletim como “proteção contra provocações”. Nani afirmou que precisava entrar no condomínio para buscar o enteado, jovem que conviveu com ela desde pequeno. A troca de acusações remeteu a uma denúncia apresentada por Nani durante o divórcio, em 2024.
Segundo Nani, na época da separação a jovem chegou a morar na antiga casa do casal com o aval dos pais; a denúncia perdeu espaço no debate público devido à conivência relatada da família. Moura, por sua vez, não respondeu diretamente às acusações registradas na delegacia.
No campo político, Paulínia voltou ao centro do episódio. Edson Moura governou o município por três mandatos e foi alvo de processos na Justiça por improbidade e suspeitas de corrupção; tentou manter influência política após se tornar ficha suja.
Em 2020, ele lançou a candidatura do filho, Edson Moura Júnior, que foi barrada pela Justiça Eleitoral. Em 2024, concorreu junto com Nani como vice e terminou em segundo lugar, atrás do atual prefeito Danilo Barros.
Nani declarou ter aberto mão de direitos sobre os bens do casal e aceitado pensão de pouco mais de R$ 2 mil para o filho em comum. O episódio na delegacia também reacendeu publicações do empresário Sânzio Rodrigues, que se apresenta como herdeiro político do legado de Moura e provável candidato à prefeitura.
“O povo de Paulínia vai saber o safado que você é. Largou eu e meu filho depois de 11 anos de casamento”
A cena pública de acusações reabre dúvidas sobre a conduta de Moura e sobre suas pretensões políticas em Paulínia, ao mesmo tempo em que reacende debate sobre denúncias anteriores que não tiveram desdobramentos públicos recentes.
Fonte: Da Redação