Pesquisadores do Centro de Pesquisa Metabólica da Faculdade de Medicina de Copenhagen encontraram evidências de que a vitamina B3 pode modular a preferência por doces: em experimentos com camundongos, níveis mais altos de vitamina B3 levaram os animais a escolher água comum em vez de água adoçada.
A análise célula a célula realizada pelos pesquisadores mostrou que a vitamina age diretamente no centro de recompensa do cérebro, modulando a resposta a estímulos açucarados. O estudo avaliou mudanças comportamentais associadas a diferentes níveis de vitamina B3, relacionando alterações moleculares a escolhas alimentares observáveis.
Nos testes com camundongos, os pesquisadores registraram variações na escolha entre água comum e água adoçada em função dos níveis da vitamina, com preferência pela água sem adição de açúcar quando a B3 estava em maior concentração. O trabalho foi conduzido pela Faculdade de Medicina de Copenhagen e combina técnicas comportamentais e análises celulares detalhadas.
Os autores apontam que os achados sugerem a possibilidade de intervenções nutricionais capazes de alterar respostas ligadas ao apetite e à compulsão por açúcar, o que pode ter implicações em estratégias de prevenção e tratamento de distúrbios alimentares e obesidade.
Em comentário sobre as implicações clínicas, o médico Dr. Adriano Faustino destacou a dimensão bioquímica da fome e seu impacto na prática clínica.
Essa pesquisa mostra que a fome não é apenas emocional; muitas vezes ela é causada por um desequilíbrio bioquímico.
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Fonte: Daniela Nucci