sábado, 12 julho, 2025
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Cirurgia eletrônica em Campinas permite alongar ossos da perna em até 8 cm

Uma cirurgia inovadora realizada em Campinas usa tecnologia eletrônica para alongar ossos da perna, como fêmur e tíbia, em até 8 cm, com menos dor e maior precisão. O procedimento é indicado para correção de deformidades e fins estéticos, beneficiando pacientes da região de Campinas e cidades próximas como Sumaré, Nova Odessa, Hortolândia e Paulínia.

Um novo procedimento cirúrgico realizado em Campinas (SP) permite o alongamento dos ossos da perna, fêmur e tíbia, em até 8 centímetros, utilizando tecnologia eletrônica avançada. A técnica, desenvolvida para corrigir deformidades ósseas e também para fins estéticos, como em casos de nanismo, é realizada pelo cirurgião ortopédico e traumatologista Everson de Oliveira Giriboni no Hospital Centro Médico Campinas.

Diferente dos métodos tradicionais que exigem manipulação manual e causam maior desconforto, o novo sistema automatizado utiliza uma haste telescópica intramedular chamada FITBONE™, implantada por meio de uma pequena incisão de 2 a 3 centímetros dentro do osso. Essa haste, que se assemelha a uma antena, é controlada por um dispositivo externo colocado sobre a pele do paciente, que emite sinais eletrônicos para promover o alongamento gradual do osso em até 1 milímetro por dia.

Neste mês, uma paciente de 46 anos, de Belém do Pará, passou pelo procedimento em Campinas para correção de uma deformidade óssea. O método oferece maior conforto e precisão, além de reduzir riscos associados às técnicas convencionais.

A técnica, aplicada desde 1997 na Europa em mais de 2.000 pacientes, foi trazida para o Brasil com o acompanhamento do especialista dinamarquês Jan-Duedal Rölfing, que visitou a Clínica Avançada Ortobone em Campinas para colaborar no planejamento da cirurgia. Segundo o Dr. Giriboni,

“a realização deste procedimento no Brasil com essa tecnologia marca o início de uma nova era no tratamento ortopédico de alongamento ósseo. A combinação de precisão, segurança e conforto ao paciente representa um salto tecnológico que se propõe, com responsabilidade médica, a melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas, seja para corrigir deformidades funcionais ou mesmo para fins estéticos.” Dr. Everson de Oliveira Giriboni

O funcionamento do alongamento ósseo é controlado externamente por um pequeno aparelho que o paciente deve usar em casa conforme orientação médica. O avanço da haste é monitorado semanalmente por radiografias. Além do osso, estruturas adjacentes como vasos sanguíneos, músculos, tendões e nervos também se adaptam ao alongamento gradual.

“O alongamento pode ser feito de forma retrógrada ou anterógrada, conforme a indicação do cirurgião. O osso cresce ao ser separado lentamente com uma pressão controlada, cerca de 1 milímetro por dia, realizado com até três sessões diárias de seis impulsos pelo dispositivo externo”, explica o Dr. Giriboni.

O especialista dinamarquês destaca que, para garantir segurança, instrumentos específicos são usados durante a cirurgia, incluindo um sistema de tubos que protege o osso e a cartilagem. A haste é fixada internamente com parafusos e o receptor fica sob a pele, onde o paciente posiciona o aparelho para ativar os impulsos eletrônicos.

O tratamento é dividido em quatro fases: cirurgia, distração (alongamento diário), consolidação (fortalecimento do osso regenerado) e remodelação. A remoção da haste ocorre entre 12 e 18 meses após o implante, quando o novo osso já suporta o peso corporal naturalmente.

Originalmente desenvolvida para tratar deformidades congênitas, sequelas de fraturas, infecções e tumores que causam encurtamento dos membros, a técnica também é adotada para alongamento estético. Ela representa um avanço significativo em relação ao método antigo, que exigia rotações manuais diárias auxiliadas por fisioterapeutas e causava dor intensa.

A cirurgia exige preparação detalhada, incluindo exames radiológicos, avaliação da densidade óssea e planejamento preciso do local do corte ósseo (osteotomia), seguindo os princípios do professor Rainer Baumgart, referência em traumatologia e engenharia biomédica.

Esta inovação em saúde ortopédica, realizada em Campinas, tem impacto direto para moradores da região metropolitana, incluindo cidades como Sumaré, Nova Odessa, Hortolândia e Paulínia, que podem se beneficiar com tratamentos modernos e menos invasivos para deformidades ósseas e estética do crescimento.

Cirurgião ortopédico e traumatologista Everson de Oliveira Giriboni, de Campinas (SP), explica o novo procedimento
Divulgação – foto fornecida pela Clínica Avançada Ortobone

Fonte: Ateliê da Notícia

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