A Câmara de Nova Odessa regulamentou o direito dos vereadores a férias remuneradas com adicional de um terço e 13º salário proporcional, ampliando benefícios em meio a apelos por austeridade e responsabilidade fiscal na região.
Essa regulamentação se soma aos dois longos períodos de recesso já previstos no calendário legislativo local: de 1º a 31 de julho e de 15 de dezembro a 1º de fevereiro. Em 2023, uma emenda antecipou o fim do semestre legislativo para junho, ampliando ainda mais o tempo fora do plenário.
No cenário nacional, o Congresso tem sido alvo constante de críticas pela manutenção de privilégios, como auxílio-moradia e verbas indenizatórias, benefícios que contrastam com a realidade do cidadão comum. Em Nova Odessa, a decisão da Câmara gera estranhamento por seguir essa mesma linha, em um momento em que a sociedade regional, que inclui cidades próximas como Sumaré, Hortolândia e Paulínia, exige mais transparência e austeridade.
Além das novas vantagens, a Câmara de Nova Odessa anunciou o aumento do número de cadeiras, que passará de 9 para 11 a partir de 2025, com a justificativa de “melhorar a representatividade”.
Enquanto o debate sobre o enxugamento da máquina pública ganha força em todo o Brasil, a ampliação dos benefícios aos parlamentares de Nova Odessa reacende dúvidas sobre se o Legislativo local está alinhado às expectativas da população regional em relação à gestão pública e à responsabilidade fiscal.
Fonte: Da redação