quarta-feira, 30 julho, 2025
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Campanha do Centro de Oncologia Campinas detecta lesões suspeitas em quase metade dos atendidos

A campanha de prevenção ao câncer de pele realizada pelo Centro de Oncologia Campinas atendeu 340 pessoas em 14 de junho, com quase metade apresentando lesões suspeitas. A ação, parte da Campanha Junho Preto, destacou casos de alto risco e reforçou a importância da detecção precoce na região de Campinas e cidades vizinhas.

O Centro de Oncologia Campinas (COC) realizou no dia 14 de junho uma campanha de prevenção ao câncer de pele que atendeu 340 pessoas, entre moradores de Campinas e cidades próximas como Sumaré, Nova Odessa, Hortolândia e Paulínia. A ação, parte da Campanha Junho Preto de conscientização do melanoma, teve sua duração prorrogada até as 18h devido à grande procura, com cinco médicos especialistas — dermatologistas e oncologistas — avaliando manchas e pintas durante nove horas.

  • Data: 14 de junho
  • Hora: até as 18h
  • Local: Centro de Oncologia Campinas (COC), Rua Alberto de Salvo, 311, Barão Geraldo, Campinas

Dos 340 atendidos, 181 (53,23%) receberam diagnóstico normal, enquanto 159 apresentaram algum tipo de lesão suspeita. Entre eles, 43 (12,64%) foram identificados com suspeita de carcinoma basocelular (CBC), 18 (5,29%) com carcinoma espinocelular (CEC) e 10 (2,94%) com melanoma. O levantamento estatístico do COC indicou que 86 casos suspeitos (25,29%) eram de alto risco, e 34 pacientes necessitaram agendamento para biópsia.

Durante a campanha, 42 participantes realizaram dermatoscopia com a dermatologista Eliane Moreno, especialista em oncodermatologia. Esse exame de imagem não invasivo permite a detecção de lesões de pele com 92% de eficácia, possibilitando o diagnóstico precoce.

Todos os casos suspeitos foram encaminhados ao Sistema Único de Saúde (SUS) municipal, com documentos médicos contendo diagnóstico e indicações para procedimentos como biópsias ou acompanhamento. A iniciativa contou com a parceria da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas.

Perfil dos participantes

Os 340 participantes preencheram formulários para traçar o perfil de risco e incidência do câncer de pele. O oncologista Fernando Medina, diretor clínico do COC, ressaltou que 72,64% (247 pacientes) relataram exposição ao sol, fator principal para o desenvolvimento da doença.

“A exposição prolongada ao sol é um dos principais fatores de risco para câncer de pele”, reforça Medina. Fernando Medina, oncologista e diretor clínico do COC

Além disso, 49,70% (169) trabalham ao ar livre, o que aumenta a incidência de lesões cutâneas relacionadas à radiação ultravioleta (UV).

“Este grupo, em particular, está mais suscetível ao desenvolvimento de lesões cutâneas relacionadas ao sol”, acrescenta. Fernando Medina, oncologista e diretor clínico do COC

A campanha indicou que 2,94% (10) dos participantes já utilizaram bronzeamento artificial, considerado um fator de risco significativo para melanoma, apesar da baixa porcentagem. Outro dado relevante é a presença de nevos — pequenas lesões pigmentadas na pele — em 36,17% (123) dos participantes.

“Nevos podem evoluir para melanoma, especialmente em pacientes com múltiplos nevos ou nevos atípicos”, explica Medina. Fernando Medina, oncologista e diretor clínico do COC

A faixa etária predominante foi de 50 a 69 anos, representando 57,05% dos atendimentos, com idade mediana de 63 anos, reforçando que o risco aumenta com a idade devido à exposição acumulada aos raios UV. Apenas 10,88% (37) haviam realizado biópsias anteriores, o que pode indicar subdiagnóstico de lesões suspeitas.

“A alta incidência de CBC (12,64%) e CEC (5,29%) reforça a necessidade de medidas preventivas, como proteção solar, monitoramento de nevos e realização de biópsias em lesões suspeitas”, orienta o oncologista. Fernando Medina, oncologista e diretor clínico do COC

Tipos de câncer de pele

O câncer de pele não melanoma é o mais comum, caracterizado pelo crescimento anormal de células cutâneas, geralmente ligado à exposição solar crônica. No Brasil, representa cerca de 30% dos cânceres diagnosticados. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 220 mil novos casos por ano no triênio 2023-2025.

O Carcinoma Basocelular (CBC), que representa entre 70% e 80% dos casos, tem crescimento lento e raramente metastatiza. Já o Carcinoma Espinocelular (CEC), que corresponde a 20% a 30% dos casos, é mais agressivo e pode metastatizar entre 2% e 5% dos casos.

O melanoma, o tipo mais agressivo, tem alto risco de metástase e é responsável por até 4% das neoplasias malignas de pele no Brasil, com 8.450 novos casos anuais. Originado nas células produtoras de melanina, o prognóstico do melanoma depende diretamente da detecção precoce. Lesões malignas geralmente medem mais de 6mm e sinais de alerta incluem feridas que não cicatrizam, crescimento da mancha, vermelhidão, inchaço, coceira, sensibilidade ou mudança de cor.

Sobre o Centro de Oncologia Campinas (COC)

O COC oferece atendimento multidisciplinar com serviços que abrangem quimioterapia, radioterapia, análises clínicas, imunoterapia, oncogenética, psico-oncologia, odonto-oncologia, oftalmologia e hematologia. Recentemente, foi “Acreditado com Excelência” pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), conquistando o selo nível 3, a classificação máxima.

Também inaugurou o Centro de Endoscopia Digestiva, que realiza procedimentos diagnósticos e terapêuticos para o aparelho digestivo. Com mais de 30 médicos especialistas e serviços complementares como nutrição, fisioterapia e farmácia, o COC atende mais de 30 convênios médicos.

Com 48 anos de tradição, o Centro está localizado na Rua Alberto de Salvo, 311, Barão Geraldo, Campinas. Para contato, o telefone é (19) 3787-3400.

Para mais informações, acesse o site oficial do Centro de Oncologia Campinas ou siga o perfil no Instagram @coc_oncologia.

Fonte: Sigmapress Assessoria de Comunicação

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